Com o avanço e popularização da Inteligência Artificial a caminhar a passos largos para que o seu uso se torne comum no mundo da musica, a Academia de Gravações, entidade responsável pela entrega dos Grammys, manifestou-se sobre a questão. Os critérios para como as composições feitas com essa ferramenta deverão ser tratadas em relação à principal premiação da indústria musical foram divulgadas e, a princípio, elas parecem bem razoáveis.

A regra é simples: o Grammy continuará a ser entregue “apenas para humanos”. Em resumo, uma faixa feita com a ajuda da IA poderá ser indicada, e portanto sair vencedora da festa, ao contrário de uma criada unicamente por um programa de computador.

Harvey Mason Jr., o presidente e CEO da Academia, disse que assim como o mundo da música está a adaptar-se a essa nova tecnologia, o Grammy também estará.

Mason exemplifica: Se uma faixa tiver vocal feito por um “não humano” ela pode concorrer nos campos dedicados à composição, mas não nas dedicadas às performances. O caminho inverso também segue a mesma lógica. Se a composição foi feita por uma Inteligência Artificial, mas a gravação feita em estúdio por um artista, aí é a performance que pode ser indicada.

“Não queremos ver a tecnologia a substituir a criatividade humana, mas apenas ajuda-la a aprimorar, embelezar ou acrescentar”, concluiu Harvey em entrevista para a Associated Press.