Shakira deu uma nova entrevista na qual refletiu sobre o difícil momento que enfrentou durante o fim do seu casamento com Gerard Piqué, em junho do ano passado. Numa conversa com a People de Espanha, a cantora revelou que descobriu a traição do marido numa situação na qual estava bastante vulnerável, lidando com problemas de saúde do seu pai, William Mebarak Chadid, de 91 anos, que precisou ser internado na UTI após uma queda.

Segundo Shakira, ela e Piqué, com quem tem dois filhos, Milan, 9, e Sasha, 7, já estavam em vias de separação naquela ocasião, sem ainda estar ciente da traição.

“Ele [meu pai] foi a Barcelona para me consolar depois de ter sido consumida pela tristeza por causa da minha separação”, disse ela. “Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Minha casa estava a cair aos pedaços. Eu descobri pela imprensa que tinha sido traída enquanto o meu pai estava na UTI.”

A colombiana chegou a afirmar à revista que achava que “não iria sobreviver” às adversidades. “O homem que eu mais amava na minha vida, meu pai, estava-me a deixar quando eu mais precisava dele. Eu não podia falar com ele, ou pedir ao meu melhor amigo o conselho de que tanto eu precisava”, desabafou.

Shakira ainda explicou que o tratamento do seu pai tem sido “difícil e lento”, mas que a força dele surpreende a todos. “Ele superou a COVID uma vez, dois acidentes, uma pneumonia e cinco cirurgias — tudo isso aos 91 anos, em menos de seis meses. Meu pai é o maior exemplo de resiliência, e minha mãe está ao seu lado dia e noite”, continuou ela. “Ambos têm sido um reflexo daquele sonho que não se tornou realidade para mim. Mas espero que sejam modelos para os meus filhos de amor, de paciência nos relacionamentos, de devoção absoluta e entusiasmo pela vida.”

Assim como “Monotonía (ft. Ozuna)” e “BZRP Music Sessions #53”, que foram lançadas após a sua separação e abordam os seus sentimentos em torno do que aconteceu, a artista falou sobre estar animada para lançar novas músicas nas quais se abrirá sobre os diferentes estágios pelos quais passou “espiritualmente, mentalmente e até fisicamente”.

“Passei por negação, raiva, dor, aceitação, luto, esperança, decepção, esperança de novo, excitação. Tantas emoções e sentimentos que às vezes parecem misturados, que não pareciam poder coexistir dentro de mim, que eu consegui desvendar-me apenas atraves das minhas canções, para me entender melhor. Não para explicar-me ou justificar-me, apenas para me entender e tolerar-me”, acrescentou.